Nessa oportunidade narrarei um conto a que tive acesso em um
livro. Chamou-me a atenção, por isso, passarei um resumo a vocês. Trata-se de
uma aventura fictícia, repleta de suspense e misticismo. A história
desenrola-se sobre uma entidade sobrenatural, que atua na forma de um automóvel
ou carro, como queiram. Bem, essa personagem misteriosa possui um forte poder extra-sensorial,
cujos seus objetivos consistiam em eliminar indivíduos específicos, com
sentimentos céticos. Lançava sobre eles uma espécie de maldição. Naturalmente todas
as pessoas um dia irão morrer e se houvesse algo ou alguém com a faculdade de
prever a morte, por certo saberia também o dia, a hora e os minutos, que esse
evento iria ocorrer. Pois bem, em nossa imaginaria cidade onde estaria sendo
urdida essa trama, existia um individuo inoportuno, descrente e radical, que
zombava e desafiava toda e qualquer história de conotação nesse sentido, o que
não seria diferente com o nosso personagem. Vamos qualifica-lo e dar um nome a
ele. O chamaremos carinhosamente de “João Esperto.”.
Toda via, como já é de nosso conhecimento, as pessoas
selecionadas a enfrentar essas experiências, foram aquelas descrentes. Houve na
cidade alguns casos conhecido de indivíduos que foram envolvidos nesses
episódios. Lembramos por exemplo, o caso de um cidadão com perfil fazendo jus
as condições almejadas, quando descoberto, logo foi selecionado por seu algoz,
para ser a próxima vítima. Muito bem: Nosso atual candidato não fugiu as regras.
Vamos esclarecer que regras são essas. Suas diretrizes dentro dessa temática
são as seguintes: O candidato é comunicado com antecedência que irá morrer em
acidente de transito, por um carro vermelho, com data marcada: dia, hora e
minutos. Porém o participante possui uma chance de defesa, embora remota. Se conseguir
fazer exceder a hora do acidente, mesmo que seja por um milésimo de segundo, ele
quebra a maldição e assim estará salvo e liberado. Mas eu temo que essa solução
tenha sido feita para não ser alcançada. É o que veremos! Bem, darei continuidade
ao seguimento da minha narrativa: Dizia que a situação de nosso candidato não
fugia as regras, seguindo o mesmo “modus operandi” dos anteriores.
Foi cientificado com
antecedência conforme consistia a norma, estipularam o dia e hora em que
aconteceria o acidente automobilístico e consequentemente sua morte. Como já
havia ocorrido anteriormente com os demais incrédulos. Por sua ausência de
crença ele não reagiu com a prudência que a circunstância exigia e continuou
seu cotidiano sem mais preocupação, locomovendo seu carro do jeito que lhe era
peculiar. Acontece que a previsão para esse nosso amigo não foi diferente, no
dia e hora prevista pela profecia, um acidente de transito tira a vida do
condutor. Estava assim mais uma vez consumada a maldição do carro assassino. Já
com alguns acontecimentos nesse sentido circulando pela cidade, certo pânico, estava
começando a alarmar a população, e não demoraria a chegar aos ouvidos de nosso
personagem mor, o Sr. João Esperto. João quando ficou sabendo da tal maldição,
sentiu sim um grau de preocupação, mas não medo, pois se tratava na realidade
de um homem com muito garbo, inteligência e dono de uma imensa fortuna, que no
decorrer de sua vida até o momento só houvera lugar para vitórias e alegria.
Encontrava-se um belo
dia em repouso num fim de semana no seu sitio, quando observou que alguém
estava aproximando-se de sua residência, era um mensageiro que lhe entregou um
envelope trazendo a mensagem fatídica. Ele seria o próximo a enfrentar a
maldição do carro assassino. Sua reação foi um sorriso irônico e as palavras
quase inaudíveis e arrogantes: “Vou acabar com a raça dessa maldição, não darei
a mínima chance, quero ver essa entidade fajuta vencer meu poderio e minha
inteligência. Possuo um plano infalível para derrotá-lo”. Essa figura audaz,
mediante a súbita interferência em seu destino, sem perda de tempo, dá início ao
polivalente e engenhoso plano estratégico, para providenciar sua defesa, que
ira salvar sua vida. Primeiro adquiriu um terreno em uma colina sem acesso a
estrada de rodagem. Então construiu uma casa que mais parecia uma fortaleza,
toda em concreto, cercada com uma muralha impenetrável, com vários metros de
altura e portão de aço puro. Assim, superprotegido, nosso amigo João Esperto
ficou tranquilo esperando chegar o momento oportuno a se trancafiar em seu
forte, com intuito de se proteger do terrível mal que o ameaçava, já que de
forma alguma havia jeito de um carro atingi-lo no seio da sua fortificação.
Entramos agora na reta final do epílogo. Depois de certo
tempo de angustia e expectativa, eis que chega o esperado momento, será hoje ao
meio dia. João Esperto chegou cedo em seu forte colocou o carro na garagem, ele
e seu veiculo ficaram ansiosos aguardando a hora fatal. João providenciou um
bonito e grande relógio de parede para ficar “chuleando” as horas e minutos.
Incrível! As horas pareciam anos e os minutos dias. Bem, até que enfim chega o
meio dia! Silêncio profundo, expectativa geral. Quando o carrilhão do relógio
soou a última das doze badaladas nada aconteceu, tudo estava normal. Fim do prazo,
foi um turbilhão de alegria João Esperto fez uma festa particular abriu
champanhe, gritava, pulava, dançava e trasbordava de euforia com razão, havia
vencido a temível maldição do carro assassino. Ele pensou naquele momento em
dividir a alegria com seus amigos e juntos celebrarem seu notável feito. Em seguida
tirou o carrão da garagem feliz da vida e partiu para o centro da cidade que ficava
a três quilômetros de distância.
Amigo, aqui se encontra o “X” da questão. Aconteceu algo que
jamais alguém poderia imaginar. João que fora tão prudente em seus detalhes de
segurança, esqueceu-se do mais importante: Conferir a hora exata do novo
relógio de parede, que se encontrava adiantado em dez minutos. Por conta desse
incrível lapso, nosso amigo perde a contenda e a vida. Para surpresa de muitos,
houve dali a dez minutos um acidente de transito na cidade com a morte de seu
motorista. Estava selada sua sorte, e concretizada mais uma profecia do carro
assassino. THE END!
Grato
até a próxima!
essa foi muito boa seu luiz! me lembrou um filme antigo que passou muito no brasil no sbt claro! chamado carro a máquina do diabo! valeu a lembrança!
ResponderExcluirtudibão0